segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Prazer e técnica



Onde fica o simples prazer da convivência com o cavalo???

Este questionamento foi feito no Fórum Desempenho, por uma participante que criticava o excesso de mensagens descrevendo técnicas de equitação.

Abaixo transcrevo duas respostas extremamente lúcidas e explicativas:

1. Parabéns pela iniciativa de abordar o tema, e de externar sua opinião.
2. Entendo que para algumas pessoas possa parecer que o "amor pelo cavalo" fica perdido em meio a tanta técnica, etc.
3. Em minha opinião:
a) técnica sem amor é vazia
b) amor sem técnica é diletantismo
c) aprender o máximo sobre cavalos (incluindo aprender a montar) é a melhor prova de amor que podemos lhes dar.
d) amor + técnica = cavalos mais felizes (e cavaleiros também)

... os meus amigos sabem que passei os dez primeiros anos de minha vida equestre montando sem técnica (embora o manejo, cuidados, etc, lá em casa sempre fossem bons, pois isto era possível aprender com leituras). Quando fui começar a aprender a equitar, depois dos 25 anos, é que vi o que estava perdendo e o quanto um bom professor / boa técnica podiam fazer por mim e por meu cavalo. Desde então nunca mais parei... e ainda não sei montar muito bem. Pelo menos tenho consciência disto. Se tivesse começado antes, talvez fosse uma amazona melhor.

Quem disse que amor e técnica são mutuamente exclusivos? Qual um bom argumento a favor de não aprender a montar com técnica?

P.S. para meu amigo Duda Attuy - se você diz que pegar galope é tão fácil, talvez sua técnica seja tão natural e sofisticada que você não se dá conta que ela existe? Falo como instrutora de equitação que sabe o quanto a boa partida a galope pode ser difícil, para iniciantes adultos em especial. Lembremos que:
a) o iniciante não tem a técnica
b) o mestre já transcendeu a técnica, não precisando mais dela
c) mas.... a técnica é a estrada que faz do iniciante um mestre
d) e (estou me repetindo).. . quem não usa "a técnica consagrada" porque não precisa mais, é o mestre; quem não a usa "porque não conhece" é um diletante...

Abraços respeitosos a todos,
Claudia Leschonski.



A equitação não é simplicidade, amor e respeito... é, antes de tudo, uma arte e, como tal exige uma técnica para se atingir um objetivo. Para não deixar palavras vagas, vamos ao Aurélio:
ARTE
1. Capacidade que tem o ser humano de pôr em prática uma idéia, valendo-se da faculdade de dominar a matéria...
2. Capacidade natural ou adquirida de pôr em prática os meios necessários para obter um resultado...
Continuamos no Aurélio e lá vemos:
TÉNICA
1. A parte material ou o conjunto de processos de uma arte...
2. Maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo...
Claro está, minha amiga, que a equitação não pode ser tratada simplesmente como um sentimento, um ato puro de amor ou qualquer outro estado d’alma que certamente deva ser cultivado. Não se engane com o fato de que basta gostarmos do cavalo, de sua nobreza e de sua figura majestosa para nos transformarmos em cavaleiros. Em verdade não existe herança a nos ser transmitida, atinge-se uma técnica por intermédio de nosso próprio esforço. Grandes cavaleiros ou amantes dos esportes eqüestres não necessariamente geraram descendentes com a mesma habilidade ou com o mesmo sentimento.
Pensando simplesmente em cavalos, muitos bons animais geraram filhos medíocres.
Rogo para que você reveja sua relação com o animal pois, creio eu, se você não adquirir técnica, todo o resto lhe será inútil e, literalmente. .. irá cair do cavalo.
Um abraço,

Darly Montenegro.




domingo, 2 de agosto de 2009

Reflexão do mês

"O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos"
Pítagoras, matemático e filósofo grego, 570 a.C. a 496 a.C.


Saudações eqüestres,
Fábio Caminha P. Monteiro.