sábado, 9 de outubro de 2010

Atrelagem









Antecessora do automóvel e meio de transporte por excelência até início do século XX, a atrelagem animal surgiu há cerca de 4 mil anos a.C. Chegou no rastro da invenção da roda. Os romanos tiveram papel fundamental no desenvolvimento deste meio de transporte. Antes mesmo da Era Cristã já faziam uso intenso de carruagens leves puxadas por até quatro cavalos. Pelo número de animais atrelados eram chamados de “bigas”, “trigas” ou “quadrigas”. Nas viagens mais demoradas os romanos usavam a carroça-dormitório; enquanto o “Cisium”, um carro mais resistente, era usado como correio, percorrendo longas distâncias.

A partir da Idade Média, com o declínio do Império Romano, estes veículos quase desapareceram. No entanto, o resgate do transporte atrelado ressurgiu nos séculos XIII e XIV, atingindo seu apogeu no século XV, quando a estrutura dos carros era bastante parecida com a atrelagem utilizada na Antigüidade, no entanto, acrescidos, agora, de adereços e ornamentos.

Nobres, aristocratas e a realeza européia se renderam a Atrelagem, transformando-a não só em um meio de transporte ou motivo de status, mas também em disputa com a instituição do trote atrelado, ou seja, as provas de Atrelagem. Nascia, ali, a “Era das Carruagens”.

Na trilha da evolução, o automóvel surgiu no rastro da Atrelagem, e quem apostava na aposentadoria dos veículos movidos a cavalo se enganou. Transformada em esporte eqüestre, a Atrelagem passou a ser cultiva por quem preserva a elegância e o charme de um tempo que não volta mais.

Os movimentos sincronizados e ritmados - sempre no andamento trotado -, a elegância dos trajes e dos carros, a beleza plástica dos animais e a destreza dos condutores fazem da Atrelagem uma paixão preservada no mundo inteiro e transformada em competição.

Em concursos de Atrelagem são realizadas provas diferenciadas, entre elas o Concurso Completo composto por provas de Adestramento, Maratona e Maneabilidade, além de provas de “Condução e Elegância” e “Precisão”.

A maratona é um circuito num máximo de 22 km dividido em 5 secções, incluindo obstáculos naturais como curvas apertadas, água e descidas de inclinação acentuada e obstáculos artificiais. É tido em conta para avaliação a condição física dos cavalos bem como o controlo dos cavalos por parte do condutor.

Na prova de “Condução e Elegância” os juízes observam a apresentação geral do competidor, condutor, passageiro, parada e o recuo. Já a prova de “Precisão”, realizada num percurso com obstáculos, são observados tempo e penalizações.

Quem se habilita?

Vídeos de atrelagem:


 http://www.youtube.com/watch?v=TqnJnJ2ezIU&feature=related

 http://www.youtube.com/watch?v=Es2guh5UxAc&feature=related

Cordiais saudações equestres,
Fábio C. Monteiro.




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