sábado, 12 de novembro de 2011

Adeus Hickstead!






Ele era considerado o melhor cavalo de salto do mundo nos últimos anos: em Hong Kong 2008 foi medalhista de ouro olímpico na categoria individual e prata por equipes. Foi medalhista de bronze nos Jogos Equestres Mundiais de Kentucky 2010. Obteve inúmeras vitórias nas competições de salto mais dificeis do mundo, como Spruce Meadows e Achen.

Na quarta etapa da Rolex FEI World CUP em Verona, na Itália, o famoso garanhão KWPN morreu de repente, logo após completar o percurso. No meio de intensa emoção por parte da plateia, o cavalo foi retirado da pista em uma ambulância, enquanto o cavaleiro Eric Lamaze era levado para fora da pista.

A pedido dos cavaleiros, a competição foi cancelada e todos os concorrentes se reuniram na pista de Verona para prestar, perfilados, um minuto de silêncio em homenagem a um dos melhores cavalos de todos os tempos e em apoio ao colega Eric Lamaze.

Exames detectaram que a causa da morte foi a ruptura de um aneurima da aorta torácica.




quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pensamento do mês de novembro.


"Ter amigos é a melhor cumplicidade..."
 Machado de Assis, 1839 a 1908.




Baloubet du Rouet fora da reprodução



Baloubet du Rouet teve seu momento de vilão ao refugar em Sydney-2000. Deu a volta por cima quatro anos depois, com a medalha de ouro em Atenas-2004. Rodrigo Pessoa, principal cavaleiro do hipismo brasileiro, o chama de montaria de sua vida. Hoje, porém, o cavalo mais famoso do esporte brasileiro vive longe das pistas e afastado da função de reprodução, na qual tinha o sêmen mais caro do mundo.

Em 2000 ajudou Rodrigo Pessoa a conquistar o tricampeonato da Copa do Mundo de hipismo.Também em 2000, refugou na final de saltos dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, na Austrália. Se redimiu do fracasso de Sydney-2000 e levou Pessoa ao ouro nos Jogos de Atenas-2004.


“Tudo bem retirar o Baloubet do esporte. Ele tem 21 anos [o tempo médio de vida de um cavalo é de 25 anos] agora. Mas ter tirado o cavalo da cria foi uma pena, porque ele ainda é o cavalo número um do mundo. Tem uma grande quantidade de filhos competindo. Nenhum como ele, é verdade, mas alguns muito bons”, lamenta Nelson Pessoa, pai do campeão Rodrigo e o primeiro a montar Baloubet du Rouet.

Criado desde os 5 anos no haras de Nelson e Rodrigo Pessoa em Fleurus, na Bélgica, o cavalo acabou criando uma relação afetiva com a família mais bem sucedida do hipismo brasileiro. Rodrigo Pessoa foi o segundo cavaleiro e o que mais se beneficiou da parceria. “Baloubet é um dos maiores cavalos de todos os tempos. Foi o cavalo da minha vida e ninguém aqui vai estar vivo para ver um cavalo como ele”, afirma.

Para os brasileiros, a relação com o garanhão foi do ódio ao amor. Ele foi alvo de críticas após não saltar o obstáculo na final dos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, quando Rodrigo Pessoa era um dos favoritos à medalha de ouro. A volta por cima ocorreu quatro anos depois, recuperando o título olímpico com Pessoa.

Depois de conquistas como o inédito tricampeonato da Copa do Mundo de saltos em 1998, 1999 e 2000, além GPs internacionais em Bercy, Bordeaux, Genebra, Las Vegas, Roterdã, entre outras, uma lesão encurtou a carreira de Baloubet du Rouet: ele foi retirado das competições em 2006 e foi para um centro de reprodução na Bélgica. Lá, 8 ml de seu sêmen eram vendidos a 3 mil euros (R$ 6,7 mil).

Apesar do lucro que Baloubet garantia ao seu proprietário, o empresário português Diogo Pereira Coutinho acabou com a carreira de garanhão do animal. Hoje, o cavalo vive em uma fazenda em Portugal.

Um dos filhos de Baloubet do Rouet é o cavalo Palouchin de Ligny, de 12 anos, que é montado por Rodrigo Pessoa em competições com obstáculos de 1,45 m e neste ano venceu duas provas em Wellington, nos Estados Unidos, e Valência, na Espanha.


“Hoje em dia é muito complicado  sair e comprar outras montarias, os cavalos estão caríssimos. Os de alto nível custam entre 3 e 4 milhões de euros”, afirma Nelson Pessoa.

Fonte: UOL Noticias.