Existe um velho provérbio árabe que diz, "seu cavalo é seu espelho". Procurando entender todo o significado deste provérbio pedi uma explicação mais detalhada para a Dra. Cláudia Leschonski. Sua resposta transcrevo a seguir.
OI Fábio,
tudo bem? Desculpe a demora na resposta...
a história do espelho é simples de entender:
- equitação é equilíbrio (interior e exterior)
- a falta de equilíbrio (físico ou emocional) do cavaleiro se refletem diretamente nos ditos cujos do cavalo
- por isso, as características de um cavalo montado (ex.: concentração ou falta da mesma, agressividade, insegurança, generosidade...) costumam "espelhar" a personalidade de seu cavaleiro.
(Um cavalo sente uma mosca pousar nele, e reage. Você acha mesmo que ele não percebe quando o cavaleiro prende a respiração? Se os cavalos são muuuuito mais sensíveis do que nós à linguagem corporal, é claro que eles têm uma percepção muito maior do que nós dos sinais INVOLUNTÀRIOS que lhes passamos, também quando estamos montados. Vide a história de Hans o Esperto, que o Bjarke pode, por favor, contar a quem não conhece ainda.)
Um cavaleiro inseguro, duro (rígido), desequilibrado, etc (perceba que misturo características internas e externas, e isso é proposital) jamais pode exigir segurança, elasticidade, equilíbrio, etc... de seu cavalo. Por isso as aulas de equitação são tão importantes.
Mas Claudia, como é que técnica "física" de equitação vai melhorar minhas deficiências "emocionais" (ex.: medo)? Simples: controle do cavalo resulta em maior autoconfiança (de ambos). O feedback entre cavaleiro e cavalo é recíproco, tanto o positivo quanto o negativo.
De resto, esta história é meio como aquela frase de Goethe que eu não sei citar direito, "é difícil explicar a quem não consegue sentir" - mas também sei que este não é o caso do Fábio, cavaleiro muito competente.
Abraços, boa semana,
Claudia
P.S.: - Achei na net -
Und was Du nicht erfühlen kannst, das wirst Du nicht erjagen. - J.W. von Goethe -
em livre tradução -
"Não capturarás aquilo que não conseguires sentir"
tudo bem? Desculpe a demora na resposta...
a história do espelho é simples de entender:
- equitação é equilíbrio (interior e exterior)
- a falta de equilíbrio (físico ou emocional) do cavaleiro se refletem diretamente nos ditos cujos do cavalo
- por isso, as características de um cavalo montado (ex.: concentração ou falta da mesma, agressividade, insegurança, generosidade...) costumam "espelhar" a personalidade de seu cavaleiro.
(Um cavalo sente uma mosca pousar nele, e reage. Você acha mesmo que ele não percebe quando o cavaleiro prende a respiração? Se os cavalos são muuuuito mais sensíveis do que nós à linguagem corporal, é claro que eles têm uma percepção muito maior do que nós dos sinais INVOLUNTÀRIOS que lhes passamos, também quando estamos montados. Vide a história de Hans o Esperto, que o Bjarke pode, por favor, contar a quem não conhece ainda.)
Um cavaleiro inseguro, duro (rígido), desequilibrado, etc (perceba que misturo características internas e externas, e isso é proposital) jamais pode exigir segurança, elasticidade, equilíbrio, etc... de seu cavalo. Por isso as aulas de equitação são tão importantes.
Mas Claudia, como é que técnica "física" de equitação vai melhorar minhas deficiências "emocionais" (ex.: medo)? Simples: controle do cavalo resulta em maior autoconfiança (de ambos). O feedback entre cavaleiro e cavalo é recíproco, tanto o positivo quanto o negativo.
De resto, esta história é meio como aquela frase de Goethe que eu não sei citar direito, "é difícil explicar a quem não consegue sentir" - mas também sei que este não é o caso do Fábio, cavaleiro muito competente.
Abraços, boa semana,
Claudia
P.S.: - Achei na net -
Und was Du nicht erfühlen kannst, das wirst Du nicht erjagen. - J.W. von Goethe -
em livre tradução -
"Não capturarás aquilo que não conseguires sentir"
Dra. Claudia Leschonski : médica veterinária, treinadora de cavalos, instrutora de equitação, professora universitária. Escreve sobre equitação e manejo. Ministra clínicas periódicas.
Espero que seja útil a todos.
Saudações eqüestres,
Fábio Caminha P. Monteiro.
Um comentário:
Nossa! Ótima matéria!
Impresionante essa relação homem x cavalo.
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