sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Amor aos cavalos


Entre livros de metodologia cientifica e rascunhos com tópicos para apresentação de um trabalho por um instante fiquei contemplando o papel de parede do meu notebook; eu saltando um “sessentinha” como se fala, mas que me alegra ao ponto de expor a foto na tela... impossível não pensar no cavalo... e longe de querer ser poetisa, resolvi deixar o momento de inspiração me levar...quando falo em abraçar o cavalo penso o quanto compartilhamos esse sentimento de adoração a essas criaturas magníficas.

Infelizmente, nem todos os cavalos gostam de serem abraçados (será que algum gosta, ou os conquistamos com uma cenoura ou torrãozinho de açúcar?). O fato é que estes seres exercem fascínio sobre nós... nos preocupamos tanto com o seu bem estar que para outros talvez possa parecer loucura. Preocupamos-nos com seus nomes, ai se trocar uma sílaba, uma letra a pronúncia... Chamamo-nos de filho, bebê, amor da mãe (sim, da mãe, até hoje não vi um homem chamar se cavalo nesses termos, não publicamente é claro, mas é sabido que compartilham o mesmo carinho), conversamos com eles. Às vezes os nomes de reis e rainhas e deuses são substituídos por um estridente: MATUNGO! E quem não perde a calma com a criatura amada de vez em quando? Eles entendem, eu acho. Chamá-los de filhos de uma égua não pode ofendê-los, porém é melhor não arriscar... tenho para mim que o cavalo é o nosso “terra” que dispersa toda energia ruim que conosco está, e nos faz esquecer do mundo por algum tempo... acredito que no momento do salto, ficamos mais próximos de Deus, sem a pretensão de alcançar o céu, mais com a sensação semelhante.

Os cavalos não falam, no entanto nos escutam, não falam por palavras, mais retribuem como podem. Existe até uma súplica do cavalo ao seu dono, concordo plenamente! Em cavalo não se bate, cavalo se respeita. Cavalo iguala a todos assim como uma roda de chimarrão, em cima do cavalo somos todos iguais, em terra também, mas montados, compartilhamos a mesma sensação extraordinária de estar com um amigo fiel, que espera que nós simplesmente sejamos seus donos, éticos e sensíveis ao ponto de compreender seus anseios, vivendo dignamente numa relação de reciprocidade...

Eu amo meu cavalo, e você?


Léia Sardagna, amazona da Sociedade Hípica Jaraguá e poeta nas horas vagas.


Do 0 aos 5, dos 5 aos 15


Outro dia eu estava montando uma égua de 5 anos de idade. Esta égua está sendo trabalhada na UC para a modalidade Salto. Uma PSI, que não salta o calendário oficial estipulado pelos órgãos que regem a modalidade, pois acredito que para se fazer um cavalo que tenha alta longevidade, e tranqüilidade para aprender e saltar bem com seu proprietário, o calendário é um pouco corrido demais. Não está no calendário também porque seus proprietários não querem cumprir com toda a rotina apertada de provas para cavalos novos. A discussão em torno dos cavalos novos não é algo de hoje. Muitas são as correntes contra as provas para cavalos novos, contra a forma como os cavalos vêm sendo preparados, e mesmo o pouco tempo que se tem para preparar um cavalo que recém saiu da doma para uma competição. Do outro lado, o mercado, quevende e compra os potros do futuro, os cavalos novos, faz com que cada vez mais tenhamos uma rotina um pouco pesada demais para a formação física e mental destes animais. É uma discussão mundial, grande e saudável, pois se existem divergências, existem pensamentos em prol dos cavalos, em prol do nosso mercado, em prol do profissionalismo.

Voltando à égua, enquanto eu montava, pensava em um cavalo olímpico. Um cavalo chega para saltar uma Olimpíada com pelo menos 10 anos de idade. A grande maioria chega com 14, 14 ou 15 anos. Alguns até mais do que isso. O que para muitos seria uma idade super avançada, para outros isto significa experiência aliada à saúde física e mental, e por isso conseguem levar seus cavalos por longos tempos. Apenas para gerar pensamentos, imagine que, um cavalo de salto sai da doma com 3 anos. Entra para o treinamento especifico e em 1 ano e meio salta provas de 1.00m, 1.10m, 1.20m, pois com 5 anos, se seguir o calendário oficial, estará saltando 1.25m ou 1.30m. Depois disso, até chegarem às Olimpíadas (os que chegarem), terão 8 ou 10 anos para ir de 1.30m até 1.60m. Muitos podem alegar, e de certa maneira com razão, que as diferenças de 1.00m para 1.10m ou 1.20m são muito menores do que de 1.30m para cima. É verdade, mas também é verdade que dos 0 aos 5 anos um cavalo tem muito mais pressão e mais estresse do que dos 5 aos 15. É portanto, em meu pensamento, uma inversão das idéias de se fazer um cavalo que dure muito.

Talvez este seja, entre tantos outros, um dos motivos que vemos ainda poucos cavalos no mundo em condições olímpicas, em comparação com todos os que nascem por ano. É mais ou menos a mesma relação de quantos jogadores de futebol chegam ao ápice da carreira em comparação com o numero de meninos que estão nas peneiras das escolinhas e clubes. E,falando de futebol, talvez seja este também o motivo que Ronaldo, o fenômeno, que, além de craque, foi submetido a extremos esforços físicos para criar massa muscular, foi infiltrado no joelho quantas vezes fossem necessárias para manter a promessa e a aposta de que um craque estava nascendo... Quantos .Ronaldos. temos em nosso mercado...?

Texto de Aluisio Marins, Médico Veterinário e Titular da Universidade do Cavalo http://www.universidadedocavalo.com.br/




terça-feira, 18 de novembro de 2008

Fotos

DRIVE THRU.



CONTRASTES.




DESCOBRINDO OS LIMITES.




LUMINÁRIA PARA A HÍPICA.




MÃE, CADÊ MINHA BOTA?





CAVALO MARINHO.



segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Próximos Desafios



*29/11/08 a 29/11/08 - JASC - Indaial.
*18/12/08 a 21/12/08 - 6ª Etapa do Ranking - Brusque.
*18/12/08 a 21/12/08 - CSN/Copa Sul - Brusque.
***Atenção: Os JASC foram cancelados pelo Governo do Estado por causa das chuvas!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

FERRADURA




Por que a ferradura é um símbolo de sorte?

Na Grécia do século IV, a ferradura era considerada um amuleto poderoso. Primeiro porque era feita de ferro, um elemento que os gregos acreditavam proteger contra todo mal. Além disso, a forma lembrava a Lua, em crescente, símbolo de fertilidade e prosperidade. Os romanos também adotaram o talismã grego e passaram a crença aos cristãos. Estes, por sua vez, creditaram a superstição a São Dunstan de Canterbury, ferreiro inglês. Segundo a lenda, Dunstan teria colocado ferraduras no próprio demônio e somente as retirou depois de ouvir a promessa de que nunca mais se aproximaria do objeto.

A tradição manda colocar a ferradura no alto da porta. Mas sempre com as pontas viradas para cima, senão a sorte vai embora!

Fonte(s):
http://www.geocities.com/porque_br/Ferra...



*Postagem sugerida pela amazona Pauline Menegotti Horn.