quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Hipismo no Primeiro Mundo.

Beto / Jaci / Leandro






Desde que monto à cavalo, nunca vi um lugar ou país, onde o cavalo é tão venerado. Todo o dia, tratadores e cavaleiros ficam compenetrados no trabalho e na limpeza desses belos animais. É um trabalho que não há finais de semana para descansar, sendo que desde quando o sol aparece até o por do sol, eles ainda trabalham.

Minha chegada foi em Wangii, Suíça, onde trabalhei por 6 dias. Lá é outro mundo, é uma organização que não tem cabimento, tudo metódico e contado em minutos, todo mundo parece um relógio que não pára nem para descansar. As cocheiras são todas limpas e a passagem entre as baias também, não há uma palha na passagem. As selas e cabeçadas todas organizadas, e sempre no mesmo local, além das escovas, rasqueadeiras e limpa-cascos organizados e não jogados por aí. Fica fácil trabalhar desse jeito.
Lá tanto o salto quanto o adrestramento são valorizados, posso dizer que há mais praticantes de adestramento que de salto, o que pelo meu ver é uma categoria deste esporte um tanto renegada no Brasil.
Depois fui ao norte da Alemanha, onde pude ir a um leilão de Hanoverianos, do qual foi espetacular. Também conheci várias cidades, onde todas estão ligadas ao cavalo, como em Hannover, Verden, Westfallen, Oldenburg, entre outras, das quais cada uma aprimora sempre sua raça para ser a melhor. Além disso, é incrível comentar, mas todas as casas que você entra, atrás delas tem sempre 2 ou 3 baias com cavalos, e há um indoor público, onde os cavaleiros pagam uma mensalidade para sua conservação e levam os cavalos de carretinha. Fiquei na Alemanha por 11 dias e voltei para Wangii. Em Wangii trabalhei de novo por 8 dias e no nos últimos 3 dias fui ao CSI de Zurique. É fantástico, um estádio enorme com um pista linda, parecia um Maracanã, Desde o chão até o teto entulhado de pessoas, uma estrutura que posso dizer, nunca encontrarei no Brasil. Como no Brasil, pessoas vão ao estádio ver futebol ou assistir na TV, lá Alemães e Suíços vão ao estádio assistir uma prova de Salto/Adestramento ou assistir pela televisão. Com isso, acabo meu relato sobre minha viagem. Espero que vocês tenham gostado, pois a impressão que tive lá, não pode ser demonstrada no papel, tem de vivenciá-la.

Relato de Leandro Anjo, cavaleiro da SHJ e estudante de Medicina Veterinária.

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