quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O que um cavalo deseja?


O que o seu e o meu cavalo desejam?
Acredito que, antes de mais nada, eles desejem ser o que são: cavalos.
Eles nunca entenderam palavras como olimpíadas, milionário, vitória, superação. Não sabem o que significa dinheiro, propriedade, pura raça, linhagem. Conhecem isto sim (embora não verbalmente) conceitos como segurança, hierarquia, alimento, grupo. Pessoalmente, acredito também que eles entendam e sintam, uns pelos outros, lealdade, amizade, amor. E se é assim, talvez seja possível que também aprendam a gostarem da gente de uma maneira similar.

Um cavalo vivo não é um arquétipo humano: somos nós que tomamos a sua identidade emprestada para as nossas projeções. E o verdadeiro milagre é que o cavalo-criatura é, sim, capaz de se transformar em um corcel mítico sem prejudicar a si mesmo, à sua legítima essência – desde que, por nossa vez, o entendamos e respeitemos o que ele realmente é. Ele não é um sonho, um símbolo de liberdade, uma explosão de força e velocidade, beleza radiante, coragem, ousadia. Tudo isso são símbolos da mente humana. Um cavalo é um grande animal herbívoro, que evoluiu ao longo de sessenta milhões de anos para ser uma criatura nômade e gregária. A segurança do grupo que se movimenta sempre em ambientes diversos à procura de gramíneas: isto é um cavalo, isto ele deseja, isto ele precisa. O resto são necessidades humanas.


No entanto, os cavalos são generosos. Talvez não da maneira humana, conscientemente e abstraindo por conta de moral e ética -  mas pela sua própria natureza. Nômades predados das estepes infinitas, eles sabem que a sobrevivência vem da união do grupo, e que esta união inclui cuidarem uns dos outros – os mais fortes dos mais fracos, os mais corajosos dos mais assustados, os líderes dos indecisos. Não há mesquinharia em seu espaço vital, pois a essência de suas vidas é se manterem em movimento em busca de alimento e segurança para todos. E, como todos os grandes herbívoros dos espaços abertos, eles têm uma sensibilidade quase telepática para reconhecerem potenciais inimigos – e portanto, com a mesma eficiência distinguem os amigos, os aliados.

Acredito que seja assim que se delineie o caminho das verdadeiras pessoas do cavalo, em todas as eras e de todas as funções: fazer-se reconhecido pelo cavalo como parte da manada – suas pernas são minhas pernas, minha vontade é a sua vontade. Velocidade, reflexos e força de um grande herbívoro de fuga; astúcia e bravura do caçador. Este não é apenas o centauro encarnado do início da civilização humana, mas também, num maravilhoso paradoxo, a garantia da subsistência da equitação neste século XXI. Hoje, quando sustentabilidade e bem-estar animal são algumas das palavras-chave em uma crise mundial de valores, tanto subjetivos quanto objetivos, a qual não parece ter data para terminar. Pois o BOM cavaleiro tornará qualquer cavalo mais forte, mais audaz, mais seguro de si, mais inteligente, do que a criatura era no início do processo. E se definirmos “felicidade” como a reunião de condições para uma vida rica em quantidade e qualidade, é possível afirmar que o cavalo doméstico respeitado, compreendido e bem equitado seja mais FELIZ do que seria se livre e entregue a si mesmo na vida natural.
Claro, para a pessoa do cavalo este não é um feito fácil nem rápido, pois o amor e a confiança dos cavalos não são de reciprocidade automática aos sentimentos humanos – tal como, por exemplo, acontece entre pessoas e cães. O amor puro e leigo de pessoas por cavalo no mais das vezes tem consequências horríveis para os cavalos, pois costuma se manifestar em cabrestos e mantas coloridos, ração em excesso, mimos diversos, tudo isso destinado ao cavalo-fantasia, ao cavalo arquetípico que vive no coração de tantos cavaleiros – mas que, sinto lhes dizer, não é o cavalo-criatura. O cavalo vivo que subjugamos e montamos não é o nosso sonho – mas, do fundo de sua alma generosa, não se importa de dividir nosso sonho com a gente durante algumas horas diárias. Desde que duas outras prerrogativas aconteçam: em primeiro lugar, que ele possa continuar sendo ele mesmo, herbívoro gregário das planícies, durante o resto do dia. E em segundo lugar, que o amor humano não seja considerado suficiente por si só, mas apenas como incentivo para que os candidatos a se tornarem pessoas do cavalo adquiram CONHECIMENTO. Pois, já se sabe, conhecimento é poder. Só com este poder, do qual vem o exemplo e a massa crítica de uma crescente onda do bem, é que seremos capazes de cuidar bem de nosso cavalos, de montá-los bem, de estimulá-los a serem mais felizes e mais saudáveis, e em contrapartida nos oferecendo a possibilidade de nos tornarmos pessoas melhor. É possível, mas não há mágica nem atalhos.
E então, o que você acha que seu cavalo deseja?
Claudia Leschonski.


TEXTO EXTRAÍDO DO BLOG CAVALOS ENTUSIASMADOS:   www.leschonski.blog.terra.com.br

Dra. Claudia Leschonski : médica veterinária, treinadora de cavalos, instrutora de equitação,professora universitária. Escreve sobre equitação e manejo. Ministra clínicas periódicas.




domingo, 11 de novembro de 2012

Marcos Capra diplomado na Aachen School of Course Design.



Qualification System of COURSE DESIGNERS



 
Qualificaton/Status
AuthorityMax. LevelEvents
1 Various National  Systems
NF
various
national
2 ASCD-Certified Course Designer
ASCD
a) 1,10/1,20 mnational
  b) 1,20/1,30 m 
  
c) 1,30/1,40 m
3 FEI Level 1 (Assistant Course Designer)FEI  
4 FEI Level 2 (Candidate International Course Designer) 
FEI CSI*/CSI** international 
5 FEI Level 3 (International Course Designer)
FEI
CSI****
international
  CSIO***** 
  World-Cup Final 

 
Continental Championships

 
6 FEI Level 4 (Official International Course Designer)
FEI"Olympic Level"international
World Championships
Olympic Games
(as CD or TD) 

O cavaleiro, course designer e instrutor de equitação, Marcos Capra Castro, foi aprovado no curso de Course Designer da FEI, realizado em Aachen, na  Alemanha. 

Aachen School of Course Design (ASCD) oferece concorridos cursos para formação de course-designers internacionais, treinamento de instrutores, cavaleiros e cavalos, realiza forums e seminários internacionais nas mais diversas áreas equestres, fabrica obstáculos, além de ser responsável pela construção de diversos complexos equestres pelo mundo afora, entre outras atividades. Paralelamente também oferece cursos de extensão em parceria com as Universidades de Nürtingen, Alemanha, e Findlay, em Ohio (EUA). 

Marcos Capra de Castro passa a ser Course Designer Internacional - Nível 3, estando habilitado a desenhar percursos internacionais. 

Parabéns!!!





sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ranking FEI - ROLEX.



O suíço Steve Guerdat, campeão olímpico 2012 , é o novo nº 1 do ranking mundial FEI Rolex. Na lista incluindo os eventos até 31/10, Steve, assumiu a liderança que vinha nas mãos do sueco Rolf Goran Bengsston, à frente do ranking desde o início de 2012 e agora no 4º posto. O campeão olímpico por equipes britânico Nick Skelton assumiu a vice-liderança, somente três pontos à frente do alemão Christian Ahlmann.

Alvaro Affonso de Miranda (Doda) é o brasileiro mais bem colocado, ocupando o 23º posto.

1º Steve Guerdat SUI.
2º Nick Skelton GBR.
3º Christian Ahlmann ALE.
4º Rolf-Göran Bengtsson SUE.
5º Pius Schwizer SUI.
6º Kevin Staut FRA.
7º Marcus Ehning ALE.
8º Edwina Tops-Alexander AUS.
9º Marco Kutscher ALE.
10º Elizabeth Madden EUA.

11º Penelope Leprevost FRA.
12º Ludger Beerbaum GER.
23º Alvaro Miranda BRA.
54º Rodrigo Pessoa BRA.


               NICK SKELTON


                                      CHRISTIAN AHLMANN


                            Rolf-Göran Bengtsson


                             Pius Schwizer





Baloubet, melhor garanhão do mundo.



 O ranking dos garanhões 2012, elaborado anualmente pela World Breeding Federation for Sport Horses (WBFSH), destacou o super garanhão Baloubet du Rouet, como o mais importante garanhão da atualidade.


Após uma longa hegemonia de Darco (falecido em 2006), Baloubet comprovou, através da sua progênie, já ser um dos maiores garanhões de todos os tempos. Somente nos últimos Jogos Olímpicos haviam 4 filhos diretos do Tricampeão da Copa do Mundo e Campeão Olímpico, Baloubet du Rouet.
 
Kannan, pai do atual Campeão Olímpico, Nino de Buissonets, saltou para a segunda posição no ranking. Outros garanhões que apresentaram um grande evolução são Diamant de Semilly, Contendro I e Cornet Obolensky.

Atualmente Baloubet du Rouet, aos 23 anos, vive sua merecida aposentaria em uma estância em Portugal, de seu proprietário Diogo Pereira Coutinho, 90.



fonte:MSN Sporthorses Breeding & Marketing – Assessoria de Comunicação da ABCCH.


Vale lembrar que Baloubet du Rouet é considerado o melhor cavalo de esporte de todos os tempos. Ganhou duas medalhas olímpicas (ouro individual e bronze por equipes), foi três vezes consecutivas Campeão do Mundo e Vice Campeão duas vezes.






quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Campeonato Brasileiro de Amadores 2012.
















































O Campeonato Brasileiro de Amadores 2012 foi realizado na Sociedade Hípica Porto Alegrense, de 24 a 28 de novembro. Cavaleiros e amazonas não profissionais dos mais diversos cantos do país, totalizando 181 conjuntos, concorreram ao título brasileiro em quatro categorias: Amador Top, 1.30 metro, Amador, 1.20 metro, Amador A, 1.10 metro, e Amador B, 1 metro.

Na categoria Amador Top (1,30m), com 26 concorrentes, o show rolou por conta da baiana Manuela Monteiro Rodrigues da Cunha com sua Qwina Z, que terminou a terceira prova sem cometer uma única falta – resultado que garantiu à consagrada dupla o bicampeonato consecutivo na categoria. O vice-campeonato. com somente uma falta, ficou com a amazona paulista Martha Lannes Schoeler com Garoa HV.  A catarinense Nathalia Mendes Schadt com Voberlina H, terminou na 6ª colocação.


A categoria Amador (1,20m), com 63 participantes, foi concorridíssima. Nada menos que seis conjuntos chegaram ao final da terceira prova sem faltas reservando muito adrenalina na decisão do título. Pelas cores de Minas Gerais, o multicampeão Andreson Lambertucci, que na temporada 2012 também detém o título de Campeão Brasileiro Master, confirmou o favoritismo sem faltas na imbatível marca de 32s26., montando Nutreal Tom Cruise Paliskan JMen. Garantindo a dobradinha por Minas Gerais, Guilherme Mello com CRM Polianthum JMen comemorou o vice-campeonato, também sem faltas, em 33s81. Por equipes, a equipe de Santa Catarina (Gabriela Pruner / Eurostar TW, Bruno Trauczynski Neto / Hermano, Alexander Dattelkremer / Prince Calido Datt,Jean Caldas Domingos / VDL Vivaldi) garantiu a 3ª colocação.


A categoria Amador A (1,10) teve 39 conjuntos, sendo que 3 disputaram a final. Sagrau-se campeão o cavaleiro pernambucano 
Geraldo Bandeira de Melo, com SL Sommet II, sem faltas, na excelente marca de 46s09. Priscila Marina Luimantti com Boston ML, sem faltas, em 49s68, comemorou o vice pelas cores do Rio de Janeiro. 


Dois desempate marcaram a final da categoria Amador B (1 m), para definição do primeiro e terceiro lugar. A catarinense Luciana Santana com Tango ST e a paulista Estela Camargo com Talismã voltaram a pista na corrida pelo ouro. Luciana e seu Tango ST cometeram um derrube em 38s91 garantindo o título. Enquanto Estela e seu Talismã honraram São Paulo com o vice-campeonato, um falta, 42s57. Por equipes, a equipe de Santa Catarina (Luciana Santana / R2D Tango, Debora Casagrande Breithaupt / SL Seresteiro II, Alessa Rita / Potencial, Daniela Caldas Domingos / Perola), garantiu o vice-campeonato.


O cavaleiro e instrutor de equitação Rafael Dias, foi o chefe da equipe de Santa Catarina, que conquistou três medalhas no campeonato. Uma medalha de ouro no individual e duas (prata e bronze )por equipes.

Além da amazona Débora Casagrande Breithaupt, que conquistou o vice campeonato brasileiro por equipes, na categoria Amador B (1 metro), duas amazonas da Sociedade Hípica Jaraguá também participaram do campeonato: Pauline Menegotti Horn (1,10m) e Nadja Mazzurechen (1 metro).