Valendo vaga olímpica para as modalidades Salto, Adestramento e Concurso Completo de Equitação, os Jogos Equestres Mundiais foram realizados no Tryon International Equestrian Center, em Mill Spring, na Carolina do Norte, EUA. O Brasil enviou 35 atletas em sete modalidades.
A cada quatro anos amazonas e cavaleiros do mundo inteiro têm encontro marcado nos Jogos Equestres Mundiais - World Equestrian Games (WEG), considerada a “Copa do Mundo do cavalo”. O evento reúne os tops de cada país em um enfrentamento direto, em que mulheres e homens competem em igualdade.
Em sua 8ª edição, o WEG chega com expectativa de superar os números de 2014, na Normandia, quando 984 atletas de 74 países competiram em oito modalidades. Definido pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), o Time Brasil foi representado no Adestramento (4 atletas), Adestramento Paraequestre (4), Concurso Completo de Equitação (5), Enduro (4), Rédeas (5), Salto (5) e Volteio (8).
Rodolpho Riskalla montando Don Henrico entrou para a história do Adestramento Paraequestre no Brasil ao conquistar duas medalhas de prata
"Mais uma vez eu não tenho palavras. Competir em um Mundial foi uma experiência maravilhosa assim como na Olimpíada. Eu sabia que meu cavalo, que está comigo desde de julho 2017, tem qualidade pra isso. Sorte também ajudou, mas é preciso muita técnica e trabalho", destacou Rodolpho, que trabalha na empresa Dior em Paris, treina no clube Polo de Paris e conta com apoio de sua mãe e treinadora Rosangele e da irmã Victoria, também amazona. Seu cavalo Don Henrico é um hannoveriano de 15 anos cedido por sua amiga e patrocinadora, a amazona olímpica alemã Ann Kathrin Linsenhoff.
O Brasil, em 7º, somou 210,965% pontos com aproveitamento dos três melhores resultados. Os medalhistas carimbaram o passaporte para a Paralimpíada de Tóquio 2020: Holanda, que faturou o ouro com 223,597%, a Grã Bretanha, dona da prata com 222.957%, e a Alemanha, que conquistou o bronze com 219.001%. Para o Brasil ainda há outras diversas chances de classificação para os Jogos.
O Time Brasil de Adestramento Paraequestre
Rodolpho e Don Henrico
No volteio a Alemanha faturou a medalha de ouro com 8.638 pontos; a Suíça com 8.433 pontos ficou com a prata; e a Áustria com 8.198 pontos levou o bronze. A equipe brasileira conquistou o 9º lugar.
Time Brasil de Volteio
Equipe brasileira de Rédeas registra melhor resultado na história dos Jogos Equestres Mundiais. Após o inédito 5º lugar por equipes, João Felipe Lacerda com Gunner Dun It Again também garantiu o melhor resultado individual brasileiro com o 4º posto individual em Jogos Equestres Mundiais, que chegaram a sua 8ª edição.
João Felipe Lacerda com Gunner Dun It Again
Equipe brasileira de rédeas.
A amazona alemã Simone Blum de 29 anos, sagrou-se campeã do mundo nos Jogos Equestres Mundiais de Tryon. Após várias jornadas à frente da classificação individual provisória, Simone conquistou o ouro montando a égua DSP Alice e o bronze por equipes. Os suíços Martin Fuchs e Steve Gerdat completaram o pódio com os seus respectivos cavalos, Clooney e Bianca.
Simone Blum entra para os anais do desporto equestre, ao ser a primeira amazona a conquistar um campeonato do mundo de saltos de obstáculos. Blum é a sexta alemã a conquistar o título depois de Hans Günter Winkler, em 1954 e 1955, Hartwig Steenken em 1974, Gerd Wiltfang em 1978, Norbert Koof em 1982 e Franke Sloothaak em 1994.
Na conferência de imprensa após o último percurso, Blum afirmou “…Steve e Martin realizaram provas fantásticas. É espetacular estar no pódio entre os dois. Não consigo descrever o que sinto. Pouco importa que seja a primeira mulher campeã do mundo, para mim podia ser tanto um homem como uma mulher, era igual. A minha égua Alice portou-se lindamente toda a semana. Não derrubou um único salto nos cinco percursos que fizemos. É muito corajosa, lutadora e tem imenso respeito pelos obstáculos”.
A formação americana composta por Devin Ryan com Eddie Blue, Adrienne Sternlicht com Cristalline, Laura Kraut com Zeremonie e McLain Ward com Clinta, conquistaram o ouro por equipas pela segunda vez após um emocionante desempate com a Suécia que recebeu a prata. A equipa da Alemanha ficou com o bronze.
Único brasileiro na final do Salto Individual, Pedro Veniss cometeu duas faltas e preferiu abandonar a prova, poupando seu cavalo Quabri de I'Isle.
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