terça-feira, 27 de agosto de 2019

Europeu de Hipismo 2019 - Saltos Individual





                                                     Fuchs, Maher & Verlooy


O cavaleiro Martin Fuchs (Suiça) conduzindo Clooney 51, conquistou neste domingo (25) o título individual dos Saltos no Mundial de Hipismo, que foi encerrado em Roterdã (Holanda).

Foi o primeiro título europeu de Fuchs.

Foi uma disputa emocionante. Fuchs perdeu 1 ponto por tempo no último percurso e teve que aguardar a passagem de Ben Maher (GBR) para almejar o ouro. O britânico cometeu uma falta e foi para 4.62 pontos perdidos contra 4.46 do suíço, que ficou com a vitória na Holanda.

Jos Verlooy (BEL) levou o bronze.

Parecia muito que eu seria o segundo novamente. Ben tem sido grande nos últimos dois anos e especialmente neste campeonato novamente eu não acho que eu iria vencê-lo ou que ele faria uma falta, mas obviamente estou muito feliz por estar ganhando aqui e finalmente não ter apenas a prata medalha! ”, disse Fuchs. 




Europeu de Hipismo 2019 - Saltos por Equipes - Triunfo Belga.






A Bélgica conquistou nesta sexta-feira (23) o título da competição de Saltos por Equipes do Campeonato Europeu de Hipismo, que foi realizado em Roterdã, na Holanda.

Foi a primeira vez na história que os belgas faturaram a disputa por equipe, assim como a primeira vez no pódio.

Com os cavaleiros Pieter Devos (BEL), Jos Verlooy (BEL), Jérome Guery (BEL) e Gregory Wathelet (BEL), a Bélgica venceu com a soma de 12.07 pontos, superando a Alemanha, que obteve 16.22 pontos para terminar em segundo.

A Grã-Bretanha completou o pódio com 21.41 pontos.

Além do título, a Bélgica de quebra levou uma das vagas olímpicas em jogo, assim como a Grã-Bretanha e a França.




domingo, 25 de agosto de 2019

Europeu de Hipismo 2019 - Domínio absoluto da Alemanha no Adestramento.

A Alemanha sagrou-se nesta terça-feira (20) campeã do Adestramento no Europeu de Hipismo, que foi realizado em Roterdã na Holanda. Com mais uma performance magistral de Isabell Werth (GER), com 85.652%, a equipe alemã somou 244.969 pontos para levar pela 25ª vez o título por equipes.

A surpresa foi a eliminação da bicampeã olímpica Charlotte Dujardin (GBR), que acabou derrubando a Grã-Bretanha do pódio para a 4ª colocação, permitindo a elevação da Holanda para a prata e da Suécia para o bronze.

No individual, a talentosa amazona alemã Isabell Werth conquistou um impressionante tricampeonato ao vencer o Grand Prix Freestyle. Com seus compatriotas Dorothee Schneider em segundo e Jessica von Bredow-Werndl em terceiro, o domínio alemão do Dressage em Roterdã foi completo.


Isabell foi perfeita na Holanda, conquistando 03 medalhas de ouro  com a égua Bella Rose: a prova por equipes, o Grande Prêmio Especial e o G.P. Freestyle, com a fantástica pontuação de 90,875%. Bella Rose brilhou mais uma vez nos seus pontos fortes, a passage e o piaffe. 


Equipe alemã de adestramento

Isabel Werth / Bella Rose em ação

Isabell-Werth - Bella-Rose

Isabell Werth - Bella-Rose

Pódio Individual

Medalhistas no Individual








sábado, 17 de agosto de 2019

Curiosidade: Quem é Eve Jobs?




No Pan Americano de Lima, uma jovem promessa do hipismo mundial esteve presente, representando os EUA na modalidade de saltos. Eve Jobs, de apenas 21 anos de idade, filha do fundador e ex CEO da Apple, ajudou seu país a conquistar a medalha de bronze por equipes  e esteve perto de subir ao pódio de novo no individual após zerar o primeiro percurso. Uma sequência de erros, porém, fez com que a jovem terminasse na quinta posição. Eve sai do Pan de Lima, sua primeira grande competição de hipismo pela seleção dos Estados Unidos, com outro objetivo em mente: estar na Olimpíada de Tóquio-2020.

"É uma honra representar o país. Nós somos um grande time e foi uma alegria estar aqui. Buscar uma boa pontuação pelo país é uma pressão, mas isso torna mais emocionante", disse.
A jovem começou a montar aos seis anos e atualmente pratica numa fazenda da família em Wellington, vilarejo na Flórida conhecido por sua tradição equestre.
Segundo informações da agência de notícias AFP, a propriedade com um estábulo para 20 cavalos e um circuito completo de saltos foi comprada pela mãe da atleta, Laurene Powell, em 2016, por mais de US$ 15 milhões.
Há dois anos, a atleta compete com a égua Venue D'Fees Des Hazalles, 14 anos. "Ela elevou meu nível no esporte e me dá muita confiança. Devo todos os resultados que consegui a ela e estou muito orgulhosa da parceria que nós temos", afirmou.
Powell, presidente da instituição filantrópica Emerson College, foi casada com Jobs por 20 anos, de 1991 a 2011, até a morte do criador da Apple em decorrência de um câncer de pâncreas.
Além de já ter uma carreira promissora no hipismo, Eve estuda e treina na universidade Stanford, a mesma em que seus pais se conheceram.
No seu perfil no Instagram, seguido por 125 mil pessoas, não há nenhuma foto com Steve, sobre quem ela não fala em entrevistas, segundo a assessoria de imprensa do time americano.
Não há relatos detalhados sobre a relação de ambos. Na biografia do executivo, o jornalista americano Walter Isaacson descreve Eve como uma jovem de caráter forte e enérgica, que sabe conviver com o fato de ser filha de uma personalidade como Jobs.
Com a meta de estar em Tóquio-2020 estabelecida, a missão da jovem será mostrar esses atributos também na sua carreira de atleta.
A jovem e bela amazona está atualmente no top 10 da classificação FEI Jumping U25 e sem dúvida tem talento para atingir seu objetivo: classifiacada entre os 15 primeiros na Final da Copa do Mundo de Saltos da FEI de 2019; ficou em segundo lugar na sub-liga ocidental norte-americana de 2019 da FEI Jumping World Cupings; Membro das equipes da FEI Jumping Nations Cup ™, incluindo as equipes vencedoras de medalhas de prata e medalhas de bronze na Copa das Nações de Salto da FEI de 2019, México e Canadá, respectivamente.


Jogos Pan Americanos 2019 Hipismo





Era muito grande a expectativa no meio hípico em relação aos jogos Pan Americanos, uma vez que as duas melhores equipes de adestramento, CCE e salto de obstáculos carimbariam o passaporte de seus países para as olimpíadas de Tóquio 2020. 

O Brasil teve um desempenho excelente na competição, superando as expectativas e garantido as vagas nas olimpíadas para todas as três modalidades.


A equipe de adestramento foi a primeira a conseguir a classificação para as olimpíadas, conquistando a medalha de bronze. Com a equipe formada por João Paulo Santos / Carthago Comando SN que teve 69,265% aproveitamento, João Victor Oliva / Biso das Lezírias, 65,029%, ambos na Intermediate I, Leandro Aparecido da Silva / Dicaprio, 67,798%, e Pedro Tavares de Almeida / Aoleo, 67,160%, no Grand Prix. O ouro ficou com a equipe do Canada e os Estados Unidos com a de prata. Como os Estados Unidos já tinham garantido sua vaga nos Jogos Equestres Mundias, o Brasil conquistou sua vaga para as olimpíadas.




João Paulo e Carthago Comando SN

João Victor e Biso da Lezírias

Leandro e Dicaprio

Pedro e Aoleo

Sandra Smith de Oliveira Martins, chefe da equipe


O Time Brasil de Concurso Completo de Equitação (CCE - adestramento, cross country e salto), nos Jogos Pan-americanos Lima 2019, também alcançou excelentes resultados em Lima. Com a conquista da medalha de prata por equipes, o Brasil carimbou o passaporte para as Olimpíadas de Tóquio 2020 e também levou o bronze individual com Carlos Parro, o Cacá, montando Quaikin Quious. Um fato lamentável foi a desclassificação do experiente cavaleiro Rui Fonseca durante o percurso de cross country, quando seu cavalo, Ballypatrick SRS, tropeçou e caiu sobre o cavaleiro, que infelizmente fraturou três costelas e o ombro esquerdo 


Rui Fonseca e Ballypatrick

Cacá, pódio individual

A equipe formada por Rafael Mamprin Losano / Fuiloda G, Marcelo Tosi / Starbucks e Carlos Parro / Quaikin Quious garantiu prata com apenas 122,1 pontos perdidos (pp), os EUA foram ouro, 91,2 pp, e o Canadá, bronze, totalizando 183, 7 pp. Apenas as equipes medalha de ouro e prata garantiram vaga de seus países em Tóquio. Dos 42 conjuntos, somente 22 disputaram a final do salto idealizada pelo renomado curse designer brasileiro Guilherme Jorge.

Pódio Equipes

Rafa e  Fuiloda G

Rafa e  Fuiloda G

 Cacá e  Quaikin Quious

Cacá e  Quaikin Quious

Marcelo Tosi com Starbucks

Marcelo Tosi com Starbucks

Galope da vitória

Rafael Losano, Carlos Parro e Marcelo Tosi 


Na quarta-feira, 7/8, aconteceu a grande final por equipes, valendo vaga olímpica para os três primeiros países sendo disputada em dois percursos, a 1.60 metro, com 13 obstáculos totalizando 16 esforços (saltos)  no Club Hípico Militar La Molina, em Lima, no Peru. O Time Brasil - Marlon Modolo Zanotelli / Sirene de La Motte, Rodrigo Lambre / Chacciama, Eduardo Menezes / H5 Chaganus e Pedro Veniss / Quabri de L Isle - liderado pelo técnico suíço Phillip Guerdat e chefe de equipe Pedro Paulo Lacerda conquistou ouro com 12,39 pontos perdidos (pp), o México foi prata, 22,97 pp e os EUA, bronze, 23,09 pp. 
Equipe medalha de ouro

Pedro e Quabri

Pedro e Quabri 3 percursos sem faltas

Marlon e Sirene de La Motte 

Eduardo e H5 Chaganus

Rodrigo e Chacciama

A equipe do Brasil com o técnico Philipp Guerdat 

Luiz Felipe, Marlon, Pedro, Rodrigo e Eduardo

Desde do Pan-americano de 2007, o Brasil não conquistava ouro por equipes. O país também foi campeão nos Pans em 1967 e 1999 no Canadá, 1991 em Cuba, 1995 na Argentina e agora nos Jogos Pan-americanos de Lima conquistando o hexacampeonato. Duas pratas por equipes foram conquistados em 1959 em Chicago, EUA, e em 2011 em Guadalajara, México e único bronze em 2003 em Santo Domingo. Além do Brasil, somente os EUA detém o hexa.
Também desde 2007 o Brasil não subia ao pódio nas três modalidades em Jogos Pan-americanos. No Pan Rio 2007, o Salto foi ouro e o Adestramento e Concurso Completo, bronze. Agora em Lima, o saldo foi ainda melhor: Salto, ouro, Concurso Completo, prata e Adestramento, bronze. "Garantindo as medalhas, cumprimos o nosso grande objetivo que era a qualificação para Tóquio", comemorou Ronaldo Bittencourt Filho, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo. "Precisamos também agradecer os integrantes das equipes que garantiram a nossa vaga no Pan nas seletivas sul-americanas e todos que participaram do processo seletivo", reforçou o chefe de equipe Pedro Paulo Lacerda.
Na disputa individual da saltos a alegria ficou completa. Marlon Zanotelli sagrou-se o campeão pan-americano de salto em Lima 2019.
Marlon Zanotelli com Sirene de La Motte

Foram 32 os conjuntos habilitados para a grande final disputada sob dois percursos, a 1.60 metro, no Club Hípico Militar, sede do hipismo nos Jogos, com armação do brasileiro Guilherme Jorge. Após a primeira passagem, quatro conjuntos viraram sem faltas, entre eles Marlon, e nove com um derrube, incluindo Pedro. No segundo e decisivo percurso, Marlon com sua Sirene foi o primeiro dos conjuntos zerados a entrar em pista na corrida pelo pódio. Com mais um percurso impecável viria a ser o único a garantir dois percursos sem faltas: assim Marlon, 31, maranhanense, que há 11 anos mora na Europa, conquistou o 1º ouro individual do Brasil na história dos Jogos.



O argentino José Maria Larocca com Finn Lente foi vice fechando com apenas 1 ponto perdido na 2ª volta. Outros quatro conjuntos habilitaram-se para o desempate pelo bronze, três saltaram e ao final valeu a experiencia da top norte-americana Elizabeth Madden, campeã olímpica e mundial por equipes, montando Breitling LS que zerou em 42s47. O brasileiro Pedro com seu Quabri de L Isle zerou a 2ª volta, mas perdeu um ponto por excesso, fechando com 5 pontos perdidos em 7º lugar.

Marlon e Sirene de La Motte 



"Foi uma semana incrível: a equipe toda está de parabéns, não tenho palavras para explicar o que aconteceu aqui. É o resultado de um trabalho que vem de longe, da união da equipe brasileira, tratadores, treinador, chefe equipe, minha família e time na Bélgica, minha esposa Angelica Augustsson, unidos com foco único. Agradeço também ao Arnaud Dessain, proprietário da minha égua Sirene de la Motte, por toda a confiança", destacou o Marlon, 31, radicado na Bélgica, ao lado do pai Mario, ambos bastante emocionados.

Mario Zanotelli e o filho campeão

Filho mais velho de quatro irmãos, Marlon Zanotelli traz no sangue a paixão por cavalos. A tradição começou com o avô, militar que montava na cavalaria do Rio Grande do Sul, e se perpetuou com o pai, que aprendeu a montar no Regimento, foi cavaleiro de Concurso Completo e que acabou se tornando instrutor e dirigente de uma escola de equitação em São Luiz, capital maranhense. Foi onde Marlon começou a montar aos cinco anos. Moraram no Rio de Janeiro e depois em Fortaleza.

Aos 12 anos, o garoto já tinha decidido que queria ser cavaleiro profissional. De início o pai não concordou. O garoto não desistiu, e seu pai Mário vendo a desenvoltura do filho em cima de uma sela resolveu investir no sonho do filho. Vendeu a casa, comprou um caminhãozinho e foi desbravar o Brasil em busca de competições. Na boléia, os pais e o tratador do cavalo. Foram milhares de quilômetros percorridos, e a cada competição começou a se moldar um cavaleiro que aliava talento natural dedicado aos treinos, esforçado e muito disciplinado.
"Seguindo o conselho do meu pai terminei o 2º grau, estudei inglês para somente depois ir para Europa, e acabei me formando em marketing em curso online", lembra Marlon. Aos 20 anos, o cavaleiro foi estagiar na Bélgica com o cavaleiro olímpico Ludo Philippaerts. Nos dois anos em que ficou no centro de treinamento do cavaleiro olímpico começou a aprender como funciona o hipismo na Europa, acompanhou o dia a dia de seus ídolos no esporte como Rodrigo Pessoa, Doda Miranda e Pedro Veniss. Queria aprimorar sua equitação e um dia competir de igual para igual com eles. Não demorou em que isso acontecesse.


Marlon e Sirene de La Motte
Comemoração junto com o companheiro de equipe Pedro Veniss teve até queda...  
O aprendizado se consolidou quando começou a trabalhar na Ashford Farm, centro de treinamento do empresário irlandês Enda Caroll, na Bélgica. Trabalhava e competia no circuito europeu nos mais importantes concursos internacionais. Na Ashford Farm, Marlon não apenas evoluiu como cavaleiro, mas também foi onde conheceu Angelica Augustsson, amazona sueca de ponta com quem casou em 2015. Hoje, os dois têm um centro de treinamento próprio, o Augustsson Zanotelli, em Bree, Bélgica.
Marlon e Sirene de La Motte 

"Na vida há altos e baixos e esse é um grande aprendizado. É preciso acreditar e trabalhar para conquistar", pondera Marlon. "Desde 2013, eu trabalho com uma psicóloga do esporte suíça, uma pessoa incrível, que tem me ajudado muito no esporte para me preparar para essa hora de estresse, ansiedade e tensão. Assim tento me deixar o mais pronto possível para alcançar os meus objetivos", revelou Marlon, enfatizando ainda o papel inegável de seu pai na conquista. "Desde moleque sempre treinei com meu pai, ele me ajuda bastante junto com minha esposa que compete em alto nível. Mas sempre que tenho algum problema quem resolve é esse cara (meu pai). Vamos Brasil, essa medalha é de todos nós, vamos rumo a Toquio!"
Marlon com seus pais  Mario e Maristela em entrevista para ESPN 
Na disputa individual, das seis medalhas conquistadas somente a de Marlon Zanotelli é de ouro, duas foram de prata e três de bronze. A primeira prata veio em 1967 em Winnipeg com Nelson Pessoa Filho, o Neco, montando Gran Geste, e em 2007, no Rio de Janeiro, com o filho de Neco, Rodrigo Pessoa montando Rufus. Dos três bronzes, dois foram conquistados por Vitor Alves Teixeira: em 1991 em Havana montando Zurquis e em 1999 em Winnipeg com Jolly Boy. O terceiro bronze individual foi de Bernardo Resende Alves com Bridgit nos Jogos de Guadalajara 2011.
Ouro Marlon Modolo Zanotelli / Sirene de la Motte - BRA - 0/0 - 0 pp
Prata José Maria Larocca / Finn Lente - ARG - 0/1 - 1 pp
Bronze Elizabeth Madden / Breitling LS - EUA - 4/0 - 0/42s47

Fonte: CBH